aline
foi antes da quinta hora do dia,
quando a madrugada da lua melancia
(mordida por não se sabe
quantos artistas)
ainda não havia dado lugar
à manhã de sol que o céu prometia
e a troca entre os astros
(já quase completa)
servia apenas como fantasia,
que aqueles fantásticos lábios
percorreram a estrada pulsante
do meu instinto de paixão iniciante
que há muito não repartia,
perdido como estava num celeiro
onde eu era a agulha
e o mundo
o feno que me engolia
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