19 de mar. de 2010


ergue no vazio seu poema arrastado
e seu ritmo perdido entre as quatro paredes...
supõe ser ele algum centro de mundo
e a cabeça se despe da sensível euforia
(uma notória conversão ao suplício).
isso é o tudo, este é o seu tudo,
o instante que jamais se acaba
sendo homendigo matéria ou não.
minutos atrás a contemplação,
as ruas enfurnadas de sons e imagens
e moléculas vibrando
numa tensão não mais sua.

o mundo inteiro por cima de esgotos,
caminhando por sobre jardins suspensos.

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